Como Ler Partitura

Como Ler Partitura


Propriedades do Som - Nota Musical


É o termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único modo de vibração do ar. A cada nota, está associada uma frequência — normalmente medida por hertz (Hz), que descreve em termos físicos sua altura (grave ou aguda).

O som, por sua vez, é um conjunto de ondas que se propagam no ar a uma determinada frequência: se estiverem na faixa de 20Hz a 20.000Hz, o ouvido humano vibra à mesma proporção, captando esta informação e produzindo as sensações neurais que representam a assimilação cerebral ao estímulo correspondente. As ondas de frequência bem baixa, aproximadamente entre 20Hz e 100Hz, soam em nossos ouvidos de forma grave. Em frequência elevada (por exemplo, acima de 400Hz), são agudas.
As notas podem se combinar quando tocadas simultaneamente, definindo uma harmonia, ou em sequência, formando uma melodia. Caso estes fatores, aliados a mais alguns outros, resultarem em uma sensação agradável, dá-se a essa sequência o nome de música.
O estudo musical aborda, especificamente, quatro propriedades relativas a um som: 

Duração

Representa o tempo em que uma nota é tocada ou o intervalo entre duas notas (pausa). As durações são os elementos que determinam o ritmo. Na música, esta noção é relativa: é mais importante para uma estrutura rítmica a relação entre os tempos das notas do que sua duração absoluta. É representada pelas figuras rítmicas, que são influenciadas pela fórmula de compasso e pelo andamento; 




Intensidade

É a percepção do volume ou pressão sonora; 

Altura


Refere-se à forma como o ouvido humano percebe a frequência dos sons. Como já foi dito anteriormente, as baixas frequências são percebidas como sons graves e as mais altas, como agudos.

Curiosamente, a maioria dos seres humanos tem percepção das alturas em relação a outras notas em uma melodia ou a um acorde. Algumas pessoas, entretanto, possuem a capacidade de perceber cada frequência de modo independente — a esta habilidade, dá-se o nome de ouvido absoluto.
Embora a altura esteja intimamente relacionada à frequência, é mais comum, quando se fala em música, que se utilizem nomenclaturas especificas para as notas, que são definidas de acordo com sua disposição dentro de uma escala musical. A distância entre duas alturas é chamada de,intervalo: o trecho entre duas notas Dó de frequências consecutivas, considerando-se uma sequência completa das sete notas que servem de matéria-prima para a música ocidental, é chamado de oitava — o termo se justifica pelo fato de o segundo Dó, neste caso, ser a oitava nota a partir do Dó anterior. A estrutura padrão de composição musical utiliza oito ou nove oitavas. 


Timbre


 É a característica que nos permite distinguir se os sons foram produzidos por fontes sonoras conhecidas e diferenciar suas origens. Por exemplo, quando ouvimos notas de mesma altura emitidas, respectivamente, por um piano e um violino, temos a capacidade de identificar os dois sons como de igual frequência, mas com características sonoras muito distintas.

De forma simplificada, o timbre pode ser tido como a marca sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal. Embora as características físicas responsáveis pela diferenciação das fontes sonoras sejam bem conhecidas, a forma como ouvimos os sons também influencia na percepção do timbre. 


Percepção


Normalmente, os compositores utilizam a faixa de frequências cuja percepção é mais sensível ao ouvido humano. Esta medida permite que as variações de intensidade sejam facilmente captadas, tornando o ato de ouvir música uma experiência sensorial mais rica e dinâmica.

Dentre os factores considerados no estudo da percepção auditiva,estão:
• Percepção de timbres;
• Percepção de alturas ou frequências;
• Percepção de intensidade sonora ou volume;
• Percepção rítmica: distinção de durações, ritmos, ordem temporal e simultaneidade.
Em razão destes aspectos, pode ser considerada uma forma de percepção temporal;
• Localização auditiva: aspecto da percepção espacial que nos permite distinguir o local de origem de um som.
Por meio destes fatores, é possível cantar os intervalos musicais anotados em uma partitura — no conceito ocidental, este exercício é chamado de solfejo. Para a realização desta prática, são usadas algumas técnicas, destacadamente duas: de Dó móvel na escala diatônica e a cromática. 



Pauta e Clave


Uma pauta, também denominada de pentagrama, é constituída por um conjunto de quatro espaços delimitados por cinco linhas, que têm como função a identificação visual das notas (sons). Veja o desenho 1 na figura 1.
Neste esquema, cada espaço ou linha corresponde a uma nota, seja natural ou com acidentes (sustenido e bemol). (desenho 2 na figura 1.)
Além desta parte principal, também existem as linhas suplementares, usualmente utilizadas para notas cuja altura seja localizada acima ou abaixo das principais. Não são totalmente desenhadas: basta apenas um pequeno risco, perceptível o suficiente para determinar o ponto exato da,notação.
A pauta, por si só, não tem qualquer significado. Para que as notas sejam estabelecidas, é necessária a definição de uma linha ou espaço como referência. É este o papel da clave, que indica a localização de uma nota, e por relatividade, das restantes. Normalmente, utiliza-se para o baixo a clave de Fá (na quarta linha). Nela, os dois pontos indicam a linha que corresponde a uma nota Fá. (desenho 3 figura1).
Além do contrabaixo, a clave de Fá também é usada para outros instrumentos graves, como o violoncelo, o fagote e o trombone. Instrumentos mais agudos e médios, casos do violino, da flauta, do trompete e do violão, têm suas notas determinadas a partir da clave de Sol. (desenho 4 figura 1)
No desenho 5 na figura 1, as notas musicais estão representadas por cada uma das linhas e espaços da pauta com a clave de Fá, incluindo linhas suplementares. (desenho 5). 

O diagrama mostra a localização no pentagrama de todas as notas, até a 16ª casa, das cordas E, A, D e G do contrabaixo.
Para se ler música, é essencial reconhecer rapidamente a nota que deve ser associada a cada espaço e linha da pauta. Este objetivo pode ser alcançado com muita prática e paciência. Há dicas que ajudam bastante, como memorizar a ordem das notas nos espaços e nas linhas: na clave de Fá, as notas sobre as linhas são, de baixo para cima, Sol, Si, Ré, Fá e Lá; sobre os espaços, Lá, Dó, Mi e Sol.






Para ler mais sobre o assunto leia o artigo Aula Teoria Musical

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